Cientistas americanos anunciaram um dos grandes feitos da Ciência no século: o desenvolvimento da primeira célula controlada por um genoma sintético. Os pesquisadores do J. Craig Venter Institute, nos Estados Unidos, apostam que a técnica descoberta vai permitir criar bactérias programadas para resolver graves problemas enfrentados pela humanidade, como ambientais e energéticos.
Os dados do estudo foram publicados na revista ‘Science’. A equipe de pesquisadores, liderada por Craig Venter, já havia conseguido sintetizar quimicamente o genoma de uma bactéria. Eles também haviam feito um transplante de genoma de uma bactéria para outra. “Essa é a primeira criatura do planeta, uma espécie que pode se replicar, cujo pai é um computador”, disse Craig Venter. Ele destacou que diante do avanço, cientistas já podem pensar na fabricação de vacinas contra a gripe, por exemplo, feitas a partir de células sintéticas.
De acordo com relato da experiência na ‘Science’, os cientistas juntaram as duas técnicas para criar o que chamaram de ‘célula sintética’, mas apenas o genoma da célula em questão era sintético, pois a célula que o recebeu era natural.
Sem esconder a felicidade pelo avanço científico, Venter destacou que a célula sintética é um instrumento poderoso para tentar determinar rumos da biologia no futuro.
Seria o caso da criação de algas para absolver dióxido de carbono e, a partir deles, criarem novos hidrocarbonetos. Ou da criação de novas substâncias químicas, ingredientes para alimentos e métodos para limpeza de água, aposta o cientista americano.
Em entrevista à BBC, o especialista em biologia sintética Paul Freeman, codiretor do EPSRC Centre for Synthetic Biology do Imperial College, em Londres, disse que o estudo de Venter e sua equipe pode marcar o início de uma nova era na biotecnologia.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
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