Um menino holandês de 10 anos sobreviveu a um acidente com um avião que levava 104 pessoas a bordo, nesta quarta-feira, na Líbia. Até o momento, 96 corpos de vítimas foram encontrados, mas o ministro dos Transportes da Líbia, Mohammed Ali Zaidan, informou que o garoto é o único sobrevivente. A chancelaria holandesa não confirmou a identidade da criança e informou que pode ser uma menina. O acidente aconteceu durante o pouso no aeroporto de Trípoli, que estava previsto para as 6h10m (1h10m no horário de Brasília). O Airbus A330-200 da companhia aérea líbia Afriqiyah Airways havia decolado de Johannesburgo, na África do Sul. De acordo com autoridades locais e europeias, 22 ocupantes eram líbios e outros 62 tinham nacionalidade holandesa - incluindo o menino que sobreviveu. Outras nacionalidades envolvidas ainda dependem de confirmação.
Inicialmente, foi informado que o destino final do voo era o aeroporto de Gatwick, em Londres, no Reino Unido. A porta-voz da Companhia de Aeroportos da África do Sul (Acsa), Unathi Batyashe, disse, no entanto, que 11 passageiros ficariam em Trípoli e outros 82 fariam conexões: 7 para Londres; 42 para Dusseldorf, na Alemanha; 32 para Bruxelas, na Bélgica; e 1 para Paris, na França.
Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Holanda, Ozlem Canel, um oficial da embaixada holandesa deve visitar o hospital onde está o sobrevivente para confirmar sua identidade. De acordo com o ministro dos Transportes líbio, o estado de saúde da criança é bom. Ela foi levada para um hospital, onde teria sido submetida a cirurgia após fraturar as pernas.
A companhia aérea só vai divulgar a lista oficial de passageiros depois de entrar em contato com parentes de todas as vítimas. Em comunicado, a Afriqiyah Airways anunciou apenas que o voo 8u771 sofreu um acidente durante sua aterrissagem no aeroporto internacional de Trípoli e que 93 passageiros e 11 tripulantes estavam a bordo. "As autoridades competentes estão encarregadas pela missão de busca e resgate", acrescenta o comunicado da empresa aérea.
(Veja imagens do que restou do avião)
Ainda não há informações sobre o que pode ter causado o desastre. As condições climáticas em Trípoli eram boas, com visibilidade de quase 5 quilômetros e ventos de cerca de 4,8 quilômetros por hora. Segundo o porta-voz da agência de segurança aérea europeia, Daniel Hoeltgen, aviões da Afriqiyah Airways passaram por 10 inspeções recentes em aeroportos na Europa sem que problemas significativos tenham sido encontrados.
Fundada em 2001 e propriedade do governo da Líbia, a Afriqiyah não está incluída na lista de empresas proibidas de voar na Europa por questões de segurança, que reúne cerca de 300 companhias aéreas.
A Afriqiya opera a rota para Londres com escala em Trípoli desde setembro do ano passado. O departamento de Relações Internacionais da África do Sul e autoridades da Aviação Civil já estão em contato com autoridade líbias para tentar identificar as causas do acidente.
- Sabemos que o avião partiu de Johannesburgo na noite anterior e já iniciamos a troca de informações entre autoridades para que possamos ajudar a identificar as causas do acidente. Não sabemos se tinha passageiros sul-africanos a bordo ou se há algum sobrevivente. Se for possível, vamos tentar também ajudar na missão de resgate - disse a porta-voz do departamento, Nomfanelo Kota.
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