(1900-1984), nascida em Valença/RJ (hoje Rio das Flores), médium psicógrafa, desde os quatro anos de idade dizia ver e ouvir Espíritos, os quais ela considerava “pessoas normais”. Dois deles eram mais habituais: Charles e Roberto de Canalejas. Yvone, desde adolescente, costumava receber crônicas e contos de autores espirituais, quando estava em desdobramento, durante o sono. Entre suas atividades mediúnicas estavam o receituário homeopático, a psicofonia e o passe, e até mesmo, em algumas ocasiões, os chamados efeitos físicos de materialização.
Apesar de começar a psicografar desde 1926, Yvone só resolveu publicar em 1955, pela FEB, o livro “MEMÓRIAS DE UM SUICIDA”, onde o Espírito do escritor português Camilo Castelo Branco (1825-1890) narra a história de sua jornada em busca do perdão e da reconstrução de sua vida, após ter cometido o suicídio ao saber que tinha ficado irreversivelmente cego, aos 65 anos de idade. A saída antinatural da existência fez com que o Espírito Camilo passasse por situações difíceis até seu reajustamento na jornada evolutiva.
Após muito vagar, no ano terreno de 1891, ele fica retido no chamado “Vale dos Suicidas”. Em Nov/1903, o Espírito Camilo aporta no Hospital Maria de Nazaré, da Legião Servos de Maria. Em 1904, faz parte de uma caravana que vem até a crosta terrestre em trabalhos de conscientização de suicidas no interior do Brasil. Em 1930, Camilo-Espírito gradua-se na Universidade da instituição dos Servos de Maria e passa a servir na enfermaria do Hospital, em lugar de Joel, seu antigo enfermeiro, que reencarnara. Em 1945, foi o ano que Camilo retornaria à Terra pela reencarnação, trabalharia como médium curador, devendo cegar aos 40 anos de idade e desencarnar aos 60 anos (o que deve ter ocorrido entre 2006 e 2007) – conforme estudos do pesquisador Carlos Luiz Cruz.
Ao escrever “MEMÓRIAS DE UM SUICIDA”, Yvone foi orientada pelo Espírito Léon Denis (1846-1927), um dos seguidores de Allan Kardec. É um livro que alerta não somente sobre as conseqüências nefastas que sofre o Espírito que comete o suicídio, mas também sobre a abençoada reencarnação, a fisiologia da alma e as vivências passadas com fins terapêuticos.
O fato é que ninguém consegue matar a Vida que pulsa na Consciência-Essência de cada um. Portanto, para evitar decepções infinitamente maiores que as atuais no mundo físico, valorizemos a Vida, que é Deus em nós, e confiemos que Ele sabe qual é o melhor momento de nosso regresso à dimensão dos Espíritos. Esta aceitação é fundamental para quem quer usufruir a beleza nos mundos espirituais.
sábado, 1 de maio de 2010
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